CONHEÇA AS LOCALIDADES CORTADAS PELO CAMINHO DO COMÉRCIO E SEUS PRINCIPAIS ATRATIVOS
O Caminho do Comércio foi uma via aberta oficialmente por deliberação, de 14 de novembro de 1811, da “Real Junta do Commercio, Agricultura, Fabricas e Navegação do Estado do Brazil e seus Domínios Ultramarinos”, com o objetivo de facilitar a ligação de Minas Gerais à cidade do Rio de Janeiro e possibilitar, de forma mais rápida e econômica, o abastecimento alimentar da Corte, que havia recebido, há pouco, a Família Real.
As tropas saiam de Minas conduzindo bois, porcos, toucinho, galinhas e queijos, e retornavam do Rio de Janeiro trazendo produtos como sal, azeite, vinho, vinagre, bacalhau, lampiões, ferramentas e vidros.
A rota partia da cidade de São João del-Rei, passando pelos distritos de Rio das Mortes e Cajuru em direção a Madre de Deus de Minas. Depois seguia por Andrelândia, Arantina (Espraiado), Bom Jardim de Minas (passando por Taboão), Rio Preto (região de Funil e Varejas), ingressando no estado do Rio de Janeiro pelo município de Valença (Parapeuna e Pentagna) em direção a Rio das Flores (Comércio), Vassouras (Massambará e São Sebastião dos Ferreiros), Miguel Pereira (Conrado) e Nova Iguaçu (Tinguá e Iguaçu Velho), onde existia um porto fluvial no rio Iguaçu, a partir do qual as mercadorias seguiam embarcadas até a Baía da Guanabara, chegando, enfim, ao Rio de Janeiro.
Entre 1839-1844, no trecho fluminense, o antigo caminho recebeu melhorias significativas, tais como pontes, bueiros, arrimos e pavimentação que foram executadas pelo Engenheiro Conrado Jacob Niemeyer (1787-1862) desde a raiz da Serra do Tinguá até o Rio Paraíba do Sul, recebendo a denominação de Estrada Real do Comércio.
A Lei Estadual nº 25.288, de 09 de junho de 2025, reconhece como de relevante interesse cultural do Estado de Minas Gerais o trecho do Caminho do Comércio situado em território mineiro.
Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 3774/2025, de autoria do Deputado Pedro Aihara, que Cria a Rota Turística Caminho do Comércio, situada nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, e a reconhece como manifestação da cultura nacional.
O desenvolvimento do projeto é realizado por uma rede de defensores do patrimônio cultural e turístico, voluntários, sem fins lucrativos.
Veja abaixo todas as localidades cortadas pelo Caminho do Comércio e programe-se para conhecê-las pessoalmente.
Essa viagem é imperdível.
Em breve você poderá adquirir o seu Passaporte do Caminho do Comércio e carimbá-lo nas cidades integrantes da rota !
• SÃO JOÃO DEL REI
· Surgimento: Século XVII
· Situação administrativa: Oficialmente reconhecida como Vila, com a denominação de São João Del Rei, pelo Governador D. Braz Balthazar da Silveira, em 08 de julho de 1713. Elevada à condição de cidade pela Lei Provincial nº 93, de 06-03-1838.
· Breve histórico: O território sanjoanense foi cortado por bandeiras paulistas ainda no século XVII e, no ano de 1704, já existia o denominado Arraial Novo do Rio das Mortes, época em que havia sido descoberta grande quantidade de ouro na região da Serra do Lenheiro. O povoado logo contou com uma capela dedicada a Nossa Senhora do Pilar. A população local deve grande envolvimento com a denominada Guerra dos Emboabas. A vila era também sede da denominada Comarca do Rio das Mortes, que abrangia enorme parte do território mineiro, desde a divisa com a Comarca de Vila Rica até Guaratinguetá-SP, compreendendo as regiões do Campo das Vertentes, Zona da Mata, Sul e Sudoeste da Capitania de Minas Gerais. Teve forte participação no movimento da Inconfidência Mineira, que pretendia a transferência da capital de Ouro Preto para São João del-Rei.
Sugestões de visita:
· Centro Histórico
· Igreja de São Francisco de Assis
· Matriz de Nossa Senhora do Pilar
· Museu Regional
· Sítio Arqueológico da Serra do Lenheiro
· Parque Municipal da Serra do Lenheiro
Rio das Mortes Pequeno
· Surgimento: Século XVIII
· Situação administrativa: Paróquia criada pela Lei Estadual 2281, de 10 de julho de 1876. Distrito criado pelo Decreto Estadual nº 131, de 3 de julho de 1890. Pelo Decreto-lei nº 148, de 17 de dezembro de 11938, teve sua denominação reduzida para Rio das Mortes. A Lei Municipal nº 4138, de 2007, retornou-lhe a denominação de Rio das Mortes Pequeno.
· Breve histórico: A antiga igreja de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno já existia no ano de 1722, o que revela ser a localidade uma das mais antigas de Minas Gerais. Em razão de ficar situada muito próxima do rio, a antiga igreja foi severamente afetada por enchentes e, na segunda metade do século XIX, um novo tempo foi erguido em local mais elevado e distante da área de inundação, onde hoje está situado o Distrito.
Sugestão de visita:
· Local de nascimento da Beata Nhá Chica;
· Ruínas da antiga Capela do Rio das Mortes, local onde foi batizada Nhá Chica
· Igreja de Santo Antônio
· Estátua de Nhá Chica
São Miguel do Cajuru
· Surgimento: Século XVIII
· Situação administrativa: O Distrito de São Miguel do Cajuru foi criado por Decreto Estadual de 14-07-1832. Teve sua denominação alterada para Arcângelo pelo Decreto-lei nº 1058, de 31 de dezembro de 1943. A Lei Municipal nº 3.536, de 27 de junho de 2000 restituiu-lhe a antiga denominação de São Miguel do Cajuru.
· Breve histórico: Cajuru é palavra de origem indígena e que significa “boca ou entrada da mata”. A localidade é antiquíssima e os primeiros registros da Capela de São Miguel do Cajuru datam de 1714. O antigo templo ficava situado no lugar hoje denominado “Cajuru Velho”. A igreja atual foi construída entre 1757 e 1760 e se destaca em razão de ter seu forro pintado pelo pintor Joaquim José da Natividade, um dos mestres da pintura mineira no período colonial.
Sugestões de visita:
· Igreja de São Miguel do Cajurú, templo com forro pintado pelo Mestre Joaquim José da Natividade;
· Casarão do Capelão – a mais antiga casa do distrito.
• MADRE DE DEUS DE MINAS
· Surgimento: Século XVIII
· Situação administrativa: Foi considerado Distrito, com a denominação de Madre de Deus do Rio Grande, em 06 de julho de 1859, pela Lei nº 1.032.
Pela Lei Estadual nº 843, de Sete de Setembro de 1923, passou a chamar-se Cianita, topônimo motivado pelos grandes depósitos desse minério, existentes em suas terras.
A Lei Estadual nº 1.039, de dezembro de 1953, elevou o Distrito à categoria de município, recebendo a designação de Madre de Deus de Minas
· Breve histórico: O arraial de Madre de Deus surgiu no entorno de uma capela dedicada à Mãe de Deus, em terras doadas por Antônio Rosa e Andrade e sua mulher Cristina Moraes da Costa. A autorização foi concedida em 1747 pelo Bispado do Rio de Janeiro e a construção terminada em 1754.
Sugestões de visita:
· Casas e edificações do período colonial
· Igreja do Rosário – Século XIX
· Marco da Estrada Real, localizado na fazenda Dois Irmãos.
• ANDRELÂNDIA
· Surgimento: Século XVIII
· Situação administrativa: Distrito criado com a denominação de Nossa Senhora do Porto do Turvo, pelo decreto de 14-07-1832.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Vila Bela do Turvo, pela lei provincial nº 1191, de 27-07-1864. Elevado à condição de cidade com a denominação de Turvo, pela lei provincial nº 1518, de 20-07-1868. Pela lei estadual nº 1160, de 19-09-1930, o município de Turvo passou a denominar-se Andrelândia.
· Breve histórico: O território do município de Andrelândia registra a presença humana há 3.500 anos, conforme achados arqueológicos realizados no Parque Arqueológico da Serra de Santo Antônio. No período colonial ele foi cortado por bandeiras paulistas que demandavam as regiões se Aiuruoca, Ibitipoca e São João del-Rei. Em 1749 o açoriano André da Silveira solicitou autorização ao Bispado de Mariana para erguer no local denominado Turvo Pequeno, em terras doadas pelo português Manoel Caetano da Costa, uma Capela dedicada a Nossa Senhora do Porto. Após construída, ao redor do templo surgiu o Arraial do Turvo, primitivo nome de Andrelândia, que passou a ter tal denominação no ano de 1930, em homenagem ao pioneiro André da Silveira.
Sugestões de visita:
· Picos dos Dois Irmãos
· Cachoeira do Garcia
· Centro Histórico – Igrejas, casarões, marco de sesmaria
· Parque Arqueológico da Serra de Santo Antônio
· Vendas de queijos finos
· Produções locais de mel, vinho, azeite e cachaça
• ARANTINA
· Surgimento: Século XX
· Situação administrativa: Distrito de Bom Jardim de Minas pelo Decreto Estadual 1058, de 31 de dezembro de 1943. Elevado à categoria de cidade pela Lei Estadual nº 2764, de 30 de dezembro de 1962.
· Breve histórico: A localidade de Arantes (nome anterior da cidade) surgiu ao redor da estação ferroviária da Estrada de Ferro Oeste de Minas, inaugurada em 21 de junho de 1914. O nome foi uma homenagem a Antônio Belfort Ribeiro de Arantes (1830-1908), o Visconde de Arantes, líder político de renome e um dos responsáveis pela passagem da ferrovia na região.
Sugestões de visita:
· Museu Municipal Ovídio Antônio Pires
· Estação Ferroviária
· Cachoeira Tito Venço
Espraiado
· Surgimento: Século XIX
· Situação administrativa: Bairro rural de Arantina
· Breve histórico: Espraiado é uma antiga localidade situada no atual território do município de Arantina, às margens do trajeto do Caminho do Comércio, entre Bom Jardim de Minas e Andrelândia. Já no século XIX a região do Espraiado estava habitada por proprietários de fazendas produtoras de gêneros alimentícios. Ali também existia no local um antigo cemitério, aparentemente para sepultamento de escravizados e tropeiros. A designação “espraiado” significa “esparramado, o que se destina a diversas direções”, o que, talvez, se explique pela localização em uma área de altitude elevada e de vertentes, com águas que contribuem para as bacias do Rio Grande, Turvo Pequeno e Capivari, em ponto próximo das divisas de Bom Jardim, Arantina e Andrelândia.
Sugestões de visita
· Capela do Espraiado
· Vestígios do antigo cemitério de escravizados
• BOM JARDIM DE MINAS
· Surgimento: Século XVIII
· Situação administrativa: Distrito criado com a denominação de Senhor Bom Jesus do Bom Jardim, pela lei provincial nº 761, de 02-05-1856, subordinado ao município de Aiuruoca. Em 1864, o distrito de Senhor Bom Jesus do Bom Jardim figura município de Vila Bela do Turvo. Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, o distrito de Senhor Bom Jesus do Bom Jardim passou a denominar-se Bom Jardim. Elevado à categoria de município com a denominação de Bom Jardim, pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, desmembrado de Andrelândia. Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, o município de Bom Jardim passou a denominar-se Bom Jardim de Minas.
· Breve histórico: A localidade surgiu em meados do século XVIII, no entorno da fazenda denominada Bom Jardim, de propriedade do português Antônio Correa de Lacerda (1705-1794), que mantinha em sua casa uma ermida dedicada a Santo Antônio. Posteriormente, Lacerda solicita autorização eclesiástica para a construção de uma Capela dedicada a Bom Jesus, o que lhe foi concedido em 31 de maio de 1755 pelo Bispado de Mariana. Em torno do templo surgiu a localidade de Bom Jardim de Minas.
Sugestões de visita:
· Recanto do Saber – Casa de Cultura
· Igreja Matriz
· Mirante do Cristo
Taboão
· Surgimento: Século XIX
· Situação administrativa: Distrito do município de Rio Preto pela Lei Estadual nº 1907, de 19 de julho de 1872. Distrito do município de Bom Jardim de Minas pelo Decreto-Lei nº 148, de 17 de dezembro de 1938.
· Breve histórico: O local era ponto de passagem das tropas que ligavam São João del-Rei ao Rio de Janeiro. Por volta de 1842 ali teria sido construída uma capela dedicada a São Sebastião e trinta anos depois o povoado era reconhecido como Distrito de Rio Preto. Em 1885 foi substituída por outra melhor, que foi ampliada em 1918.
Sugestões de visita:
· Igreja Matriz de São Sebastião do Taboão
· Parque Municipal do Taboão
· Trilha da Serra da Bandeira
• RIO PRETO
· Surgimento: Século XVIII
· Situação administrativa: Freguesia criada com a denominação de Presídio do Rio Preto. Elevado à categoria de município com a denominação de Nossa Senhora Passos do Rio Preto, pela lei provincial nº 271, de 15-04-1844. Pela lei provincial nº 1191, de 27-07-1864, transfere a Sede da Vila de Rio Preto para o município de Porto do Turvo. Elevado novamente à categoria de Vila com a denominação de Rio Preto pela Lei 1644, de 13-09-1870, desmembrado do município de Turvo. Elevada à condição de Cidade, por lei provincial nº 1781, de 21-09-1871.
· Breve histórico: A região era primitivamente habitada por nações indígenas (Coroados, Puris e Araris) e começou a ser devassada pela busca do ouro na segunda metade do século XVIII. Na década de 1780 muitos garimpeiros já se encontravam estabelecidos no território, conquanto, oficialmente, a área fosse proibida à ocupação, em razão de estar situada na divisa com a Capitania do Rio de Janeiro. Na última década do século XVIII aparecem os primeiros registros religiosos ocorridos na localidade.
Sugestões de visita:
· Centro Histórico
· Igreja Matriz
· Igreja do Rosário
· Túmulo de Manoel Pereira
Funil
· Surgimento: Século XIX
· Situação administrativa: Distrito rural do município de Rio Preto - MG
· Breve histórico: O povoado do Funil surgiu entre 1819-1822 quando, a um quarto de légua do pouso de São Gabriel, em direção à subida da Serra Negra, foram construídos um rancho e uma venda para atender à grande demanda dos tropeiros e viajantes. Um dos destaques da localidade é a Gruta do Funil, também conhecida como Gruta da Água Santa, utilizada para fins religiosos desde o século XIX, conforme inscrições que podem ser vistas em seu interior. Em 16 de outubro de 1932, o padre Domingos Nardy, pároco de Rio Preto, colocou na gruta uma imagem de Nossa Senhora do Amparo, inaugurando a “capela natural” até hoje muito visitada por romeiros e peregrinos.
Sugestões de visita:
· Gruta do Funil ou da Água Santa
· Sumidouro do Rio Funil
· Cachoeiras Água Vermelha e Água Amarela
· Parque Estadual Serra Negra da Mantiqueira
Varejas
· Surgimento: Século XIX
· Situação administrativa: Bairro rural do município de Rio Preto.
· Breve Histórico: A localidade de Santo Antônio de Varejas teve sua origem na primeira metade do século XIX. Situado às margens do Caminho do Comércio, o arraial se tornou ponto de apoio para viajantes e tropeiros.
Sugestões de visita:
· Mirante do burro de ouro
· Igreja de Santo Antônio de Varejas
· Ruínas da casa de pedra
• VALENÇA
· Surgimento: Século XVIII
· Situação administrativa: O arraial foi elevado à condição de Vila de Nossa Senhora da Glória de Valença a 17 de outubro de 1823. Em 1842 foi criado o município de Valença e, em 29 de setembro de 1857, Valença foi elevada à condição de cidade.
· Breve histórico: No ano de 1789, D. Maria I de Portugal, por meio de uma Carta Régia, incumbiu o vice-rei Luiz de Vasconcelos e Souza de iniciar a catequese dos índios denominados Coroados, que formavam um povoamento na região do município de Valença.
Mais tarde, em 1803, o então vice-rei Dom Fernando José de Portugal nomeou o padre Manuel Gomes Leal para o cargo de capelão da aldeia dos Coroados, tendo-lhe o bispo Dom José Joaquim Justiniano conferido a jurisdição necessária para construir e benzer uma capela a dedicada a Nossa Senhora da Glória, que deu origem à atual cidade de Valença.
Um dos pioneiros e grande benfeitor da localidade foi Inácio de Souza Werneck (1742-1828), responsável pela catequização dos índios (Coroados, Puris e Araris) na região e pela abertura de caminhos ligando o Vale do Paraíba à baixada fluminense, por onde eram escoados os produtos ali então produzidos, como açúcar, cachaça, milho, feijão e bananas.
Sugestões de visita:
· Igreja Matriz
· Centro Histórico
· Fazendas do Café
· Mirante do Cruzeiro
Parapeúna
· Surgimento: Séc. XIX
· Situação administrativa: Distrito de Valença pela Lei 1.811, de 28 de janeiro de 1924, com o nome de São Sebastião do Rio Preto, denominação alterada pelo Decreto Estadual nº 641, de 1938 para Rio Preto. Pelo Decreto-Lei 1056, de 31 de dezembro de 1942, passou a se chamar Parapeúna, para evitar homonímia com a cidade de Rio Preto, situada na porção mineira.
· Breve histórico: Inicialmente a localidade era povoada por povos indígenas como os Coroados e Araris. Entre os primeiros povoadores brancos, nos primórdios do século XIX, estão o Toscano padre Antônio Vicente de Almada, Roque de Souza Freitas e José Pereira Ribeiro Toscano. Em 1882 foi inaugurada a estação ferroviária de Rio Preto, pertencente a Valença – RJ, impulsionando fortemente o desenvolvimento do povoado.
Sugestões de visita:
· Igreja Matriz
· Estação ferroviária
Pentagna
· Surgimento: Séc. XIX
· Situação administrativa: Pelo Decreto Provincial n.º 2.790, de 17-11-1885, e pelos Decretos Estaduais n.º 1, de 08-05-1892, e n.º 1-A, de 03-06-1892, é criado o distrito de São Sebastião de Rio Bonito, vinculado a Valença.
· Breve histórico: A denominação do local, no início do século XIX, era Aldeia das Cobras. Posteriormente ali foi construída uma capela, que deu origem ao arraial de São Sebastião do Rio Bonito, padroeiro da localidade. Pelo Decreto Estadual n.º 641, de 15-12-1938, o distrito de São Sebastião do Rio Bonito passou a denominar-se Pentagna, em homenagem ao Dr. Humberto Pentagna, importante político da região.
Sugestões de visita:
· Igreja Matriz
· Estação ferroviária
· Cacheira do Rio Bonito
• RIO DAS FLORES
RIO DAS FLORES
· Surgimento: Século XIX
· Situação administrativa: Freguesia criada com denominação de Santa Teresa, por lei provincial nº 814, de 06-10-1855, no município de Valença. Elevado à categoria de vila com a denominação de Santa Teresa, pelo decreto estadual nº 62, de 17-03-1890, desmembrado de Valença. Elevado à condição de Cidade com a denominação de Santa Tereza, pela lei estadual nº 2335, de 27-12-1929.
· Breve histórico: Na primeira metade do século XIX, chegaram à região hoje ocupada pelo município de Rio das Flores os primeiros grupos de colonizadores, que se dedicaram desde logo à cultura do café. Em 1815, a localidade foi reconhecida como freguesia, com uma capela sob a invocação de Santa Teresa, subordinada à freguesia de Nossa Senhora da Glória , Vila de Valença.
Sugestões de visitas
· Museu Histórico do Vale
· Igreja de Santa Tereza
· Fazenda Paraízo
· Artesanatos Florart
· Fazenda Guaritá
Comércio
· Surgimento: Séc. XIX
· Situação administrativa: Subdistrito de Taboas, município de Rio das Flores.
· Breve histórico: A povoação surgiu em função da Estrada do Comércio. Situada na margem do rio Paraíba do Sul, no local de passagem daquele curso d’água onde foi criado um serviço de balsa para fazer a travessia dos viajantes para a outra margem. O movimento ao redor deste porto levou à formação do núcleo urbano, que recebeu o nome da estrada que motivou o surgimento do povoado.
Sugestões de visita:
· Ruínas do Porto
· Capela de Santana (1876)
· Largo do Comércio e Cruzeiro de Pedra
· Chalé do Visconde de Ipiabas
· Hotel Comércio
• VASSOURAS
3. VASSOURAS
· Surgimento: Séc. XVIII
· Situação administrativa: Elevado à categoria de vila, com a denominação de Vassouras, pelo Decreto de 15-01-1833. Elevado à condição de cidade com a denominação Vassouras, pela Lei Provincial n.º 961, de 29-09-1857.
· Breve histórico: O povoado de Vassouras surgiu a partir de1782, quando o açoriano Francisco Rodrigues Alves e seu sócio receberam uma sesmaria com abundância de arbustos denominados “tupeiçaba” ou “guaxima”, empregados na confecção de vassouras. Em 1828, foi erguida a Capela de Nossa Senhora da Conceição.
Sugestões de visitas
· Igreja Matriz
· Morro da Vaca
· Fazendas do período cafeeiro
· Museu da Casa da Hera
· Museu Vassouras
Sebastião de Lacerda
· Surgimento: Século XIX
· Situação administrativa: No ano de 1910 foi reconhecido, oficialmente, como Distrito do município de Vassouras, com o nome de Comércio.
· Breve histórico: A localidade surgiu a partir de um pouso de tropeiros que também servia de hospedagem para boiadeiros e comerciantes que transitavam entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro no século XIX. O arraial, situado às margens do Rio Paraíba, era cortado pela Estrada do Comércio e ali existia um registro, onde se realizava o policiamento e cobrança de impostos para uso da rota. Em razão do decreto estadual nº 2546, de 27 de janeiro de 1931, a localidade passou a se chamar Sebastião de Lacerda, em homenagem ao falecido ministro do Supremo Tribunal Federal Sebastião Eurico Gonçalves de Lacerda, que ali residiu por vários anos.
Sugestões de visita:
· Ponte do Comércio
· Casa do Agente, Estação e Vila Ferroviária (considerado um dos principais conjuntos ferroviários do interior fluminense)
· Capela de Santa Cruz e São Sebastião
· Chácara Lacerda
· Murada de Pedra da Beira do Rio (séc. XIX).
Massambará
· Surgimento: Século XIX.
· Situação administrativa: Era o 5º Distrito do município de Vassouras, hoje rebaixado a subdistrito.
· Breve histórico: A localidade tem a sua origem ligada as grandes fazendas fundadas nas proximidades do Caminho do Comércio, em meados do século XIX, que também serviam de hospedagem e alimentação para os viajantes desta via. Entre elas, destacam-se: Fazenda São Luiz de Massambará, fundada por Paulo Gomes Ribeiro de Avelar – o Barão de São Luiz, e a Fazenda São Fernando, fundada por Luiz dos Santos Werneck – um dos mais poderosos e brasonados clãs da região, situada entre Andrade Pinto e Massambará.
Sugestões de visita:
· Memorial de Manuel Congo (Fazenda São Fernando)
· Museu do Café (Fazenda São Luiz da Boa Sorte)
· Vassouras Eco Resort
· Solar do Barão de Massambará
São Sebastião dos Ferreiros
• MIGUEL PEREIRA
· Surgimento: Século XVIII
· Situação administrativa: Distrito criado com a denominação de Miguel Pereira, pela lei estadual n° 1055, de 31-12-1943, confirmado pela lei estadual nº 1056, de 31-12-1943, com áreas desmembradas do distrito de Governador Portela, subordinado ao município de Vassouras. Elevado à categoria de município com a denominação de Miguel Pereira, pela lei estadual n.º 2 626, de 25-10-1955, desmembrado de Vassouras.
· Breve histórico: A história do atual Município de Miguel Pereira está vinculada à de toda a região de Vassouras, da qual foi desmembrado. O primitivo nome da localidade era Barreiros, originado de uma área da fazenda São Francisco, de propriedade de Antônio Francisco Apolinário, em 1872. Por ali passavam, na época, tropas de burros, que ficavam atolados, em virtude da grande quantidade de barro existente no local. Depois que se construiu a Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil, por volta de 1898, vencida já a serra, a localidade passou a chamar-se Fazenda da Estiva. Em 1918 seu topônimo foi mudado para Professor Miguel Pereira, ilustre figura da medicina brasileira que, com a saúde abalada, ali residiu durante vários anos.
Sugestões de visitas:
· Lago de Javary
· Rua Torta
· Parque Temático Terra dos Dinos
· Passeio de Maria Fumaça
· Parque Municipal
· Espaço do Artesão
· Capela dos escravos
Conrado
· Surgimento: Século XIX
· Situação administrativa: Pela lei estadual nº 1253, de 14-12-1987, o município de Miguel Pereira adquiriu o distrito de Conrado do município de Vassouras.
· Breve histórico: Distrito do município de Miguel Pereira, cujo nome é uma homenagem ao coronel do Corpo Imperial de Engenheiros Conrado Jacob Niemeyer (1787-1862), que, em 1839, assumiu a empreitada das obras de calçamento e a manutenção da Estrada do Comércio. Ao conhecer a região, Conrado Niemeyer encantou-se com sua beleza e para lá se mudou com a família. No ano de 1901 ali foi construída uma igreja , em torno da qual se formou o povoado.
Sugestões de visitas:
· Igreja Matriz
· Estação Ferroviária e Maria Fumaça
• NOVA IGUAÇU
· Surgimento: Século XVII
· Situação administrativa: Pela Lei Estadual n.º 1.331, de 09-11-1916, a sede do município (deslocada do antigo local de fundação em razão da via férrea que chegou à região) passou a denominar-se Nova Iguaçu.
· Breve histórico: A sede original do município ficava na antiga Vila de Iguassú, às margens do Rio Iguassú. Com a chegada da ferrovia em 1858, o centro econômico se transferiu para o Arraial de Maxambomba. Em 1916, quando Maxambomba foi renomeada, escolheu-se "Nova Iguassú" para honrar a origem histórica da região, mas indicando que era um "novo" centro, diferente da localidade original
Sugestões de visitas
· Cachoeira da Janjana
· Serra do Vulcão
Surgimento: Século XIX
Situação administrativa: Bairro do município de Nova Iguaçu
Antigo ponto da rota que seguia em direção à serra acima,
nas proximidades do Engenho de Nossa Senhora da Conceição. O Pico do Tinguá (Tinguá significa nariz de
pedra ou nariz empinado, em linguagem indígena) servia de ponto geográfico de
referência para os antigos desbravadores da região.
Na década de 1880 foi aberto o ramal ferroviário do Tinguá,
pela Estrada de Ferro Rio do Ouro.
Sugestões de visitas:
Estação Ferroviária do Tinguá
Ruínas do Engenho – Sítio Verdes Encantos
Reserva Biológica do Tinguá
Iguaçu Velho
· Surgimento: Século XVI
· Situação administrativa: Elevada à categoria de vila com a denominação de Iguaçu, pelo Decreto de 15-01-1833. Constituído de 6 distritos: Jacutinga, Queimados, Nossa Senhora da Piedade de Iguassú, Meriti, Palmeiras e Pilar. Instalado em 27-07-1833. Pela Lei Provincial n.º 14, de 13-04-1835, a vila foi extinta. Elevada novamente a categoria de vila com a denominação Iguaçu, pela Lei n.º 57 de 01-12-1836.
· Breve histórico: A colonização dessa zona da Baixada Fluminense, em torno do Rio Iguaçu, se inicia ainda no século XVI. A Freguesia de Nossa Senhora da Piedade de Iguaçu data de 1719. Situada à margem do rio Iguaçu, a localidade era um dos empórios da cidade do Rio de Janeiro, fazendo chegar seus produtos por via fluvial ou terrestre. O progresso da região levou o Governo a conceder-lhe autonomia, efetivada por Decreto de 15 de janeiro de 1833. A Vila instalou-se a 27 de julho do mesmo ano.
A decadência, que se verificou a partir da segunda metade do século XIX, na localidade de Iguaçu, decorreu, paradoxalmente, das inovações progressistas introduzidas no território fluminense. Tão logo se iniciou o tráfego da Estrada de Ferro D. Pedro II, atual Central do Brasil, verificou-se o abandono da via fluvial, que determinou o desvio da zona da influência comercial e agrícola para as bordas orientais do município, para onde foi transferida a nova sede.
Sugestões de visitas
· Ruínas da Fazenda São Bernardino
· Cemitério Velho
· Ruínas do antigo prédio da Câmara
· Ruínas do Porto de Iguaçu
· Trecho calçado da Estrada do Comércio
·
• RIO DE JANEIRO
· Surgimento: Séc. XVI
· Situação administrativa: Como Salvador, na baía de Todos os Santos, o Rio de Janeiro já nasceu com os foros de cidade, nunca tendo passado pelas fases de povoação e vila, demonstrando que tinha reconhecimento oficial desde o início.
· Breve histórico: A cidade surgiu em 1º de março de 1565, com a denominação de São Sebastião do Rio de Janeiro, sendo sua fundação obra do português Estácio de Sá. A cidade do Rio de Janeiro foi capital da colônia portuguesa do Estado do Brasil (1763–1815), depois do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815–1822), do Império do Brasil (1822–1889) e da República dos Estados Unidos do Brasil (1889–1968) até 1960, quando a sede do governo foi transferida para a Brasília.
Sugestões de visita
· Paço Imperial
· Museu Nacional
· Museu Histórico Nacional
· Arcos da Lapa
· Confeitaria Colombo
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